100 Euros travam videoconferência
A reparação ou simples substituição de uma peça do sistema de vídeo-conferência do Tribunal de Amares está a colocar os advogados e outros agentes judiciais à beira de um ataque de nervos. Por cerca de cem euros (custo estimado da peça em questão), o sistema está inactivo há cerca de um ano.
Depois de vários constrangimentos no início, o caso ganhou contornos ainda mais bizarros. No âmbito de um julgamento que envolvia doze testemunhas de um caso de abuso de confiança, uma das testemunhas residente em Seia exigiu o pagamento das despesas de deslocação.
Pelos valores actuais e atendendo à distância percorrida (cerca de 800 quilómetros), o custo não deverá ser inferior a 160 euros. Uma despesa que recairá sobre quem perder a acção.
O ridículo é tanto maior quando se verifica que só a despesa com a deslocação daquela testemunha daria para pagar a reparação ou substituição da peça. "E ainda sobrava algum para almoçar", ironiza um dos advogados contactados para abordar esta questão.
Face à tardia reparação do sistema por parte dos serviços do Ministério da Justiça, o caso pode ganhar contornos ainda mais alarmantes.
"Se todos pedissem a devolução das despesas, nem dá para imaginar o que estaria em causa», adianta Alberto Alves Esteves, um dos advogados que tem vindo a alertar para o caso.
A própria delegação de Amares da Ordem dos Advogados tem feito chegar diversos alertas sobre o assunto. "Para além de todos os inconvenientes para as próprias testemunhas e outros envolvidos nos processos judiciais, é a própria imagem da Justiça que está em causa", avança fonte da delegação de Amares da Ordem dos Advogados.
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in, PEDRO ANTUNES PEREIRA JORNAL DE NOTÍCIAS - EDIÇÃO NORTE, 29-01-2007
Depois de vários constrangimentos no início, o caso ganhou contornos ainda mais bizarros. No âmbito de um julgamento que envolvia doze testemunhas de um caso de abuso de confiança, uma das testemunhas residente em Seia exigiu o pagamento das despesas de deslocação.
Pelos valores actuais e atendendo à distância percorrida (cerca de 800 quilómetros), o custo não deverá ser inferior a 160 euros. Uma despesa que recairá sobre quem perder a acção.
O ridículo é tanto maior quando se verifica que só a despesa com a deslocação daquela testemunha daria para pagar a reparação ou substituição da peça. "E ainda sobrava algum para almoçar", ironiza um dos advogados contactados para abordar esta questão.
Face à tardia reparação do sistema por parte dos serviços do Ministério da Justiça, o caso pode ganhar contornos ainda mais alarmantes.
"Se todos pedissem a devolução das despesas, nem dá para imaginar o que estaria em causa», adianta Alberto Alves Esteves, um dos advogados que tem vindo a alertar para o caso.
A própria delegação de Amares da Ordem dos Advogados tem feito chegar diversos alertas sobre o assunto. "Para além de todos os inconvenientes para as próprias testemunhas e outros envolvidos nos processos judiciais, é a própria imagem da Justiça que está em causa", avança fonte da delegação de Amares da Ordem dos Advogados.
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in, PEDRO ANTUNES PEREIRA JORNAL DE NOTÍCIAS - EDIÇÃO NORTE, 29-01-2007
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Nota: Tribunais no seu melhor...